As pragas da pastagem são um dos grandes desafios do setor agropecuário pois sem o devido controle e a devida prevenção, a produtividade pode ser bastante prejudicada.
Precisamos antes entender que pragas podem ser patógenos, ervas daninhas ou insetos e que seus ataques podem ser nocivos em diversos momentos do desenvolvimento de plantas forrageiras. Podem causar atraso na implantação de uma nova área de pastagem, sendo muito ruim tanto para a produção leiteira quanto para a produção de corte. As pragas são divididas em grupos de acordo com o local onde ocorrem os ataques, como: raízes, folhas e perfilhos.
As principais ameaças do pasto e suas formas de controle são:
1- Cigarrinha
É importante estar atento às espumas que se formam na base do capim, que aparecem quando começa a temporada das chuvas. O controle é feito com a pulverização do produto e precisa que o capim tenha circulação de seiva para que ele seja metabolizado pela planta e elimine as cigarrinhas enquanto elas sugam a seiva da forrageira.
2- Lagarta
As lagartas tem 5 fases de desenvolvimento e, assim como as cigarrinhas, devem ser combatidas no início, enquanto ainda são jovens. Quanto maiores ficarem, mais atacarão o capim. Para solucionar o problema basta apenas um produto por pulverização.
3- Cupim
Em uma área com grande infestação é comum que muitos cupinzeiros estejam vazios, por isso é recomendado ao pecuarista que passe um trator com a lâmina rebaixada, quebrando todas as estruturas. As colônias que ainda estiverem vivas irão procurar uma nova casa. Nesse momento, quando um novo cupinzeiro estiver sendo formado, o produtor deve quebrá-lo e jogar um cupinicida à base de fipronil. O produto é granulado e não deve ser exposto ao Sol, por isso o produtor pode cobrir o produto com os pedaços do cupinzeiro quebrado. Já o cupim de solo pode ser controlado com cupinicida líquido, que dispensa a cobertura e pode ser pulverizado por cima das colônias.
Um dos principais fatores que agravam as pragas de pastagem é a monocultura, ou seja, o cultivo de uma única espécie de forrageira para toda a fazenda. A monocultura facilita a proliferação de uma praga que ataque um determinado tipo de forrageira e, se houver somente ela na fazenda, todas as áreas estarão em risco de morrer. Tendo mais opções de plantio, o produtor ganha tempo para lidar com a situação.
Fontes:
Giro do Boi
Belgo Bekaert