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Vimos na matéria anterior que fazer uma boa análise agrícola é essencial para evitar problemas causados por pragas. Entender e identificar a situação da praga na lavoura é o primeiro passo para incorporar as práticas de Manejo de Integração de Pragas (MIP) de forma correta e eficiente.

Após inspecionar e conhecer as espécies e os níveis populacionais das pragas e inimigos naturais que habitam a área, será possível selecionar quais estratégias de manejo integrado serão aplicadas. Dentre elas, destacam-se: controle biológico, controle comportamental, controle cultural, controle genético, controle químico e controle varietal.

Todos os tipos de pragas e plantas possuem, em alguma fase do seu desenvolvimento, um predador, pois é assim que são realizadas, de forma natural, o controle populacional. O controle biológico consiste no manejo de pragas agrícolas  por meio de inimigos naturais que podem ser outros insetos benéficos, parasitóides, predadores e microrganismos. A preservação de inimigos naturais é feita através do uso de inseticidas específicos, pois além de matarem as pragas, não têm o mesmo efeito sobre os predadores. 

Essa prática tem uma grande importância pra o agronegócio brasileiro, pois, quando bem realizada, é a principal responsável pela redução de agrotóxicos nas produções de alimentos e evita o desequilíbrio ecológico.

O controle biológico ocasiona inúmeras vantagens para o produtor rural, dentre elas: a contenção da poluição ambiental, a conservação da natureza, a melhoria do padrão dos produtos agrícolas e, consequentemente, a sustentabilidade no agronegócio. 

Já o controle comportamental é um método preventivo que fundamenta-se na adoção de procedimentos naturais da cultura com o propósito de desfavorecer o desenvolvimento de insetos-praga. O uso de feromônios para evitar o acasalamento das pragas e o uso – integrado ou não – de armadilhas para o controle populacional são os grandes destaques dessa prática.

Entende-se por controle genético o domínio de pragas através da modificação genética. Dessa forma, o produtor pode não só diminuir o potencial reprodutivo do inseto, como também transformá-los em predadores capazes de destruir a própria espécie.

Diferentemente do controle genético, o controle varietal faz uso de variedades transgênicas para auxiliar no manejo da praga. Apesar de ser uma técnica bastante utilizada nos cultivos de milho, soja e algodão, é importante avaliar a escolha dos híbridos e cultivares recomendados para que o resultado seja eficaz.

Já o controle químico diz respeito ao uso de inseticidas específicos que atingem apenas as pragas, mas mantém os polinizadores e os inimigos naturais vivos. Vale ressaltar a importância de se atentar à utilização de produtos registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Por fim, o controle cultural consiste na redução e disponibilidade de alimentos para a praga, impossibilitando, assim, um grande aumento populacional. Sua implementação deve ser recorrente na lavoura, mesmo na ausência de insetos-praga. Dentre os métodos de controle culturas destacam-se a poda, o pastejo rotacionado, a seleção mais apurada da época de plantio, o plantio direto e o controle da adubação e irrigação.

 

Fontes:

Ifope 

Plantae

AgroPós 

Cases de Sucesso

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