Uma das condições que mais afetam o bom rendimento da lavoura é a aparição de plantas daninhas que prejudicam direta e indiretamente a pastagem. Isso porque elas interferem na cultura, diminuindo seu rendimento e aumentando os custos de produção, dificultam a colheita, depreciam a qualidade do produto e facilitam a hospedagem de pragas e doenças.

As plantas daninhas são vegetais que nascem em locais indesejados por conta da disputa com as cultivares por nutrientes essenciais. Esses vegetais se caracterizam pelo seu rápido crescimento, grande mutabilidade genética, ótima adaptação climática, produção elevada e capacidade competitiva.

Existem diversas técnicas eficientes para controlar as plantas daninhas. Dentre elas destacam-se o controle preventivo, o controle cultural, o controle mecânico e o controle químico.

O controle preventivo tem como objetivo principal impedir uma infestação. Ele não elimina 100% as ervas, mas reduz a sua aparição. Para que esse controle seja posto em prática, é importante que o produtor faça uso, antes de tudo, de sementes certificadas. Também é importante realizar a limpeza dos materiais utilizados em áreas infestadas e impedir a passagem de animais em áreas infestadas para áreas livres.

Muito utilizado em grandes pastagens e plantações de maiores infestações, o controle químico faz uso de herbicidas como ferramenta de controle principal. Esse método é muito eficiente e tem diversas vantagens como o controle em períodos de chuva, o não remeximento do solo e a melhoria da distribuição da cultivar. Também limita a competição de plantas daninhas no início da cultura e não ocasiona danos à raiz da plantação. Porém, é necessário se atentar ao uso do herbicida, pois algumas plantas são mais sensíveis a determinadas substâncias.

O controle mecânico, método mais antigo utilizado, fundamenta-se na extração da planta por meio de ferramentas como enxadas e cultivadores, por exemplo. Esse método é bem econômico, mas é preciso fazer um bom planejamento e conhecer a espécie da erva daninha e de sua capacidade de enraizamento, crescimento e reprodução. Apesar da eficiência em solos secos e do auxílio no aumento da aeração, o controle mecânico pode danificar o sistema radicular e é ineficiente em época de chuva.

Por fim, o controle cultural é responsável pelo estímulo do crescimento da cultivar através de condições naturais e por minimizar os efeitos das plantas daninhas. Para tal, é necessário estudar as características da cultura e das ervas para saber qual manejo será aplicado. Também é essencial escolher cultivares que se adaptem bem à região, realizar adubação correta, verificar a melhor época da semeadura e investir na prática de rotação de culturas.

Fontes:

– Boas Práticas Agronômicas

– Embrapa