Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) avaliou as vantagens e desvantagens da emissão de carbono de bovinos em pasto. Um sistema de médica lotação, de 3,3 unidades animais (UA) por hectare, neutralizou os gases através da regeneração da pastagem e aumentou a produção, além de gerar créditos de carbono correspondentes ao produzido por seis árvores de eucalipto.

Segundo Patrícia Perondi Anchão, pesquisadora da Embrapa, a restauração de pastagens e o estímulo à produção de bovinos nessas áreas auxiliam na retenção de carbono e atenuam as emissões de gases que influenciam no efeito estufa. O estudo também observa que, além da redução do carbono por unidade de produto, há uma queda no número de árvores necessárias para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

A pesquisadora também explica que os experimentos possibilitaram a obtenção de dados por métodos padronizados e o reconhecimento pela comunidade científica internacional. Ainda, os resultados também podem ser utilizados para a definição de modelos, financiamento de políticas públicas e apoio a alternativas de abrandamento de lançamento de carbono.

“Não foram levantadas somente as emissões de gases de efeito estufa, mas também as remoções desses gases. Isso criou condições para avaliar os sistemas de produção com capacidade de mitigar a emissão, especialmente do metano entérico, por meio do sequestro de carbono”, explica a pesquisadora.

Dessa forma, abrem-se portas para novas perspectivas de mercados internacionais, como adoção de sistemas de produção mais sustentáveis e a conquista de produtos pecuários com baixa disponibilidade de carbono, o que favorece a exportação de carne brasileira, uma vez que o mercado exige, cada vez mais, produtos sustentáveis.

Fontes:

– Canal Rural

– Olímpia 24 horas