A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro crescerá 3% em 2021, enquanto o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) aumentará 4,2% no ano que vem. A economista Monica de Bolle, pesquisadora sênior no Peterson Institute for International Economics e professora na Universidade Johns Hopkins, em Washington, afirma que o agronegócio vai continuar alavancando a economia brasileira em 2021, apesar das incertezas da pandemia do coronavírus.

Em entrevista ao Globo Rural, Bolle ressalta que, desde 2017, o agronegócio tem sido a fonte de apoio do Brasil e que se não fosse pelo setor, o PIB estaria ainda mais debilitado. Apesar das dificuldades vivenciadas durante a pandemia, foi o agro que amparou a economia e foi o grande responsável pelo crescimento do Brasil no ano passado (2020).

Para 2021, a previsão é de que o agronegócio continue mantendo um bom desempenho, pois é um mercado inflexível uma vez que as pessoas precisam se alimentar. Além da grande competitividade do agronegócio no cenário internacional, houve também uma questão de segurança alimentar. Por conta da pandemia, países investiram em um estoque de segurança para evitar o desabastecimento e isso acabou por beneficiar os grandes produtores de alimentos, incluindo o Brasil.

Devido ao dólar, as exportações do agronegócio têm sido favorecidas e a tendência é que continue sendo um fator de ajuda para o setor, posto que não existem prognósticos de reversão do câmbio.

Apesar do agro brasileiro já se atentar aos quesitos de sustentabilidade, o avanço sustentável se torna, ainda mais, alvo de debates de políticas públicas e estratégias de investimento das empresas. Segundo Monica de Bolle, em termos de visão de investidores, sustentabilidade é um tema de altíssima relevância e deve ser mantida como grande preocupação.

Fontes:

– Forbes

– Grupo Cultivar

– Revista Globo Rural