A empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um novo inseticida chamado Acera que, além de combater pragas que prejudicam as culturas de milho, soja e algodão, também não apresenta riscos ao meio ambiente e nem à saúde dos trabalhadores que fazem uso do produto.

Tal inseticida é indicado para o controle de pragas como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a falsa-medideira (Chrysodeixis includens) e é formado por duas cepas da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) que produzem toxinas capazes de exterminar insetos específicos, mas que não são nocivas ao ser humano e a outros animais que auxiliam na dominação das pragas.

Fernando Hercos Valicente, pesquisador da Embrapa, destaca a importância do lançamento para o manejo de pragas, pois, todo ano, observa-se um aumento da resistência e, por consequência, uma intensificação do uso de produtos químicos. Dessa forma, prejuízos em todos os âmbitos são ocasionados de forma exponencial. O pesquisador salienta também que o bioinseticida tem melhor ação quando as lagartas são entre recém-nascidas até, no máximo, quatro dias de idade, pois nesta idade a ação das proteínas da bactéria agem com mais intensidade.

Ainda de acordo com Valicente, “os bioinseticidas também contribuem para a sustentabilidade dos cultivos. Pela sua especificidade biológica, atacam somente os insetos-alvo, promovem maior equilíbrio da biodiversidade em comparação aos químicos, favorecendo a manutenção de inimigos naturais no campo”.

Fontes:

– Agrolink

– Embrapa

– Diário do Poder