O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo japonês assinaram, no dia 27 de abril, um tratado de colaboração da área da agricultura de precisão e digital. Segundo o documento assinado pelo secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, o projeto visa o desenvolvimento em comunhão da agricultura digital e de precisão para a consolidação da inovação e sustentabilidade do agro brasileiro.

Um dos pilares da agropecuária do futuro é a agricultura de precisão, que faz uso da tecnologia para organizar a produção agrícola, aumentar a produtividade, refrear os custos e limitar os efeitos ambientais. De acordo com Fernando Camargo, Brasil e Japão já possuem uma parceria de longa data e o trabalho mútuo garantiu ao mercado brasileiro a liderança da agricultura tropical mundial.

Agostinho Celso Pascalicchio, engenheiro, economista e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo, declara que a procura por alimentos sustentáveis é uma tendência global e o Japão intima este posicionamento. Atualmente, a maior missão do Brasil é a de produzir ao mesmo tempo que segue os preceitos da preservação. A adoção e o manejo de plantas e animais, além da baixa emissão de carbono, por exemplo, exigem tecnologias apropriadas e, por isso, essa sociedade entre Brasil e Japão é essencial.

“Conhecer o mercado, particularmente o japonês, é ter conhecimento de tendências do mercado, comportamento do futuro do mercado, e são aspectos importantes a serem considerados e avaliados constantemente em um país que tem no agronegócio o seu grande portão de entrada para o intercâmbio internacional, e fonte de desenvolvimento interno”, salienta o especialista.

Pascalicchio afirma que o setor agrícola brasileiro tem um foco de desenvolvimento crucial para a progressão de novas tecnologias de precisão – que exigem o aprimoramento de satélites que poderão avaliar as sementes apropriadas para o clima tropical e supervisionar pastos – e que receber benefícios dados por tecnologias adequadas ao país vai ser fundamental para o dinamismo do agronegócio brasileiro.

Fontes:

– A Lavoura

– Jornal do Brasil