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Criador: Eduardo Figueiredo

Eng. Mecânico pela Poli-USP

Mestrado em Agricultura de precisão com ênfase em Máquinas e Equipamentos

Doutorado em Economia aplicada para cadeia produtiva de grãos e derivados com qualidade vegetal pelo CEPEA USP

Eng. Agrônomo pela ESALQ USP

Passados alguns meses de disseminação do novo coronavírus no Brasil e no mundo tem gerado projeções e análises de riscos baseado nas incertezas e preocupações em todos os setores da economia nas últimos meses.

Neste contexto, o agronegócio não entrou sequer em alerta de um eventual agravamento da crise econômica e sim continua em crescimento contribuindo com a maior parcela de desenvolvimento setorial no Brasil e no mundo.

Primeiramente, analisando os números de impacto da Covid-19 pareceu não ter efeito mínimo diretamente no agro brasileiro.

Entretanto, quando a pandemia se iniciou foi prevista que começaria a afetar o consumidor, ou seja, pelo desemprego ou pela queda de sua renda, onde se desenhou uma perspectiva de cenário de retração econômica, baixando o consumo, podendo afetar a cadeia de valor e a agroindústria, e vindo, então, em um efeito de trás para frente; ou seja, do consumidor para o agricultor mas que não se confirmou em estatística e nem por operação.

Podemos constatar que alguns setores do agronegócio não sofreram quaisquer impactos diretos a não ser pelo aumento de custo de produção com a incidência de insumos em dólar com variação cambial diárias.

O impacto direto desta crise talvez seja percebido no estabelecimento da próxima safra e nas novas negociações de commodities agropecuárias em alguns meses para o ciclo 2021/2022.

Hoje o efeito da crise na oferta por exemplo de sementes forrageiras também deve ser pequeno no Brasil, especialmente em curto prazo ou na próxima safra 2021/2022, porque os campos de produção de sementes já estão planejados, a colheita dos  plantados deste ano estão no fim e os registrados para a próxima safra já estão dimensionados.

Já a demanda de mercado destas sementes, essa pode variar em médio prazo, com o produtor rural buscando alternativas para redução de despesas e planejamento.

Analisando em detalhes onde projetamos o agricultor profissional deverá manter sua linha de adoção de tecnologia, pelo maior uso de forrageiras, seja como cultivo de cobertura ou na Integração Lavoura-Pecuária (ILP).

Então, o único jeito de reduzir quaisquer impactos da crise no agronegócio está em assegurar a logística funcionando, ou seja, insumos devem estar disponíveis e acessíveis para o produtor.

Bem como sua produção  deve ser escoada de forma normal. Agora é hora de mapear riscos e assegurar que possíveis problemas que possam afetar a cadeia logística de insumos e da produção rural não atrapalhem a dinâmica já estabelecida da porteira para dentro.

Em um país de agricultura tropical como o Brasil, deixar de usar forrageiras, seja para renovação de pasto ou como cultivo de cobertura, poderá gerar impacto futuro, com adoção de práticas mais sustentáveis com menor oferta de forragem e matéria orgânica, respectivamente, e consequente menor produtividade, exatamente no momento em que a economia mundial estiver em recuperação; fato que certamente ocorrerá em breve pela demanda represada em 2020.

Isso irá diretamente significar mais dinheiro no bolso do produtor brasileiro e na mesa dos brasileiros com o crescimento e integração das cadeias produtivas de produção animal, grãos dentre outras.

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