Segundo um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção de carne com baixa emissão de carbono no Brasil, a Carne Baixo Carbono (CBC), possibilita um aumento de 125% de animais por hectare e um peso de carcaça/ha 163% superior em relação ao manejo convencional. Dessa forma, há uma melhora significativa da qualidade do produto final e uma garantia da fixação de carbono no solo e do domínio das emissões de metano.

A CBC busca a valorização de sistemas pecuários que não possuem o elemento florestal, mas que, por meio do manejo adequado de pastagem e da adoção de boas práticas agropecuárias, apresentam potencial de atenuação das emissões de gases de efeito estufa (GEEs).Os resultados iniciais da implementação da CBC confirmam uma melhoria da produtividade e qualidade da carne, aumentando assim, a lucratividade do produtor ao mesmo tempo que refreiam a emissão GEEs. Além disso, o projeto também possibilita o aumento da produção de carne com menor pressão sobre a vegetação nativa.

O pesquisador Roberto Giolo afirma que “O manejo CBC possibilitou um aumento de 125% no número de animais por hectare e de 163% em quilo de carcaça pela mesma área em relação ao manejo convencional, indicando um importante efeito poupa-terra, além do potencial de maior incorporação de carbono no solo para manutenção da condição produtiva da pastagem e de mitigação das emissões de gases de efeito estufa do sistema”.

Na avaliação realizada de carcaça e qualidade de carne animal do espaço destinado a CBC, nenhum animal apresentou carne dura. Gelson Feijó, pesquisador da Embrapa Gado de Corte responsável pelos dados, afirma que 2 a cada 3 animais apresentaram carne com menos de 7 kg, o que pode ser considerada como carne macia. Os pesos médios de abate e de carcaça foram de 573 kg e 306 kg, respectivamente, e 100% das carcaças avaliadas apresentaram gordura mediana e maturidade de dois dentes. Ou seja, a qualidade da carne, a marmorização e a força de corte observadas estão dentro dos padrões dos sistemas de produção brasileiros e da exigência do mercado.

Fontes:

– Canal rural

– Money Times

– Embrapa