Para que cresçam e se desenvolvam de maneira adequada e saudável, as plantas precisam, em cerca, de 17 minerais indispensáveis para seu bom desenvolvimento. Dentre esses nutrientes destaca-se o nitrogênio, responsável pelo crescimento e desenvolvimento de raízes, caules e folhas e pelo estímulo da brotação e enfolhamento.

Uma prática de grande sucesso no setor agro brasileiro foi o desenvolvimento da técnica de inoculação das sementes para abastecer a necessidade de nitrogênio das plantas e, consequentemente, aumentar a produtividade. Produtores brasileiros de soja e feijão fazem uso de bactérias (Bradyrhizobium para a soja e Rhizobium para o feijoeiro) que são capazes de fixar o nitrogênio e que, após o período de germinação, se abrigam nas raízes das plantas e passam a desenvolver uma relação mútua de benefícios.

Para além dos resultados positivos da inoculação anual, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou, em 2013, uma nova tecnologia denominada coinoculação, que consiste na combinação de duas bactérias benéficas no sistema de inoculação da soja: a tradicional Bradyrhizobium, já conhecida pelos agricultores e o Azospirillum, um novo aliado que vem sendo adotado por cerca de 25% dos produtores de soja no Brasil.

Essa nova técnica apresenta diversos ganhos de produtividade ao possibilitar a aumento na velocidade e na abundância de inoculação que acarretam em um melhor desempenho da planta ao fixar nitrogênio biologicamente. As plantas que passam pelo processo de coinoculação manifestam o crescimento de raízes secundárias, maior nodulação na região da coroa e das raízes laterais, além do aumento de radicelas que acabam explorando o solo por água e nutrientes. São plantas que têm uma arquitetura do sistema radicular melhorada com maior número de ramificações de raízes e maior espaço para a nodulação. Dessa forma, a planta se nutre e desenvolve melhor no ambiente e durante o seu ciclo.

Fontes:

– Embrapa

– Canal Agro